O Uso da Calculadora*
por Ubiratan D’Ambrosio**
O uso da calculadora nas salas de aula continua sendo questionado por professores, pais, legisladores e, até mesmo, por alunos. Acham que usando a calculadora pode afetar a memória e mesmo a capacidade de raciocinar bem. Nada existe, em pesquisa, que apóie esses temores. Atribuo essas atitudes a um excessivo conservadorismo e uma falta de visão histórica sobre como a tecnologia é parte integrante da sociedade e determina os rumos tomados pelas civilizações. A história nos ensina que só pode haver progresso científico, tecnológico e social se a sociedade incorporar, no seu cotidiano, todos os meios tecnológicos disponíveis. Assim, depois da invenção da escrita, não pode se justificar que alguém se recuse a ler e escrever, depois da invenção da imprensa, não se justifica que alguém não tenha acesso a livros e jornais, depois da adoção, na Europa, da aritmética indo-arábica, não se justificaria alguém se limitando a fazer contas com os ábacos, e assim, desde que há relógios não se justifica exigir que se diga as horas olhando para o céu, nem se justifica que, existindo automóveis, ônibus e caminhões, se utilize o cavalo como transporte. A sociedade se organiza em função da tecnologia disponível. E como se justifica continuar operando com a tecnologia da aritmética de papel, lápis e tabuada? Há muitas que reagem à adoção do novo por dúvidas conceituais.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
O Uso das Calculadoras nas Aulas de Matemática: concepções de professores, alunos e mães de alunos
O Uso das Calculadoras nas Aulas de Matemática: concepções de professores, alunos e mães de alunos
Ariovaldo Guinther1 Mestrado Profissional em Ensino de Matemática da PUC-SP
Nos últimos anos, pudemos presenciar um avanço tecnológico muito grande. Sendo assim, o computador passou a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas e, é claro, está presente em muitas escolas. O fato dele ter chegado à escola não significa que a Educação tenha mudado muito. O uso de novas tecnologias ainda assusta muitos professores, em alguns casos por completo desconhecido e em em outros por não saber como usá-las de forma adequada.
Ariovaldo Guinther1 Mestrado Profissional em Ensino de Matemática da PUC-SP
Nos últimos anos, pudemos presenciar um avanço tecnológico muito grande. Sendo assim, o computador passou a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas e, é claro, está presente em muitas escolas. O fato dele ter chegado à escola não significa que a Educação tenha mudado muito. O uso de novas tecnologias ainda assusta muitos professores, em alguns casos por completo desconhecido e em em outros por não saber como usá-las de forma adequada.
O uso da Calculadora em sala de aula
O Uso da Calculadora na Sala de Aula
Apesar do uso da calculadora ter se tornado comum no nosso cotidiano, a instituição
escolar tem persistido, na melhor das hipóteses, em ignorar a sua existência, pois ainda chega a
proibir o seu uso.
Segundo Pucci: “o problema mais sério aqui é, creio eu, fingir que a calculadora ainda não foi
inventada. A escola (digo, o professor de matemática, principalmente) enxerga a calculadora
como um objeto impuro, pornográfico, a ponto de bani-la da sua sala de aula”.
Ubiratan D'Ambrósio enfatiza a importância da inserção da tecnologia na vida da criança.
Usualmente, no âmbito escolar, temos construído significados que associam a calculadora à inibição do raciocínio ou à preguiça. Porém, ao explorarem este artefato cultural, os estudantes desenvolvem habilidades vinculadas ao cálculo mental, à decomposição e à estimativa, rompendo com aqueles significados destacados anteriormente.
Além disto, com a exploração da calculadora estaremos auxiliando os alunos a lidarem com problemas de seu dia-a-dia (compra e venda de produtos, custo de uma produção, etc) e também preparando-os para o mercado de trabalho, o qual exige, cada vez mais, trabalhadores capazes de operar com as novas tecnologias. Como afirma D'Ambrósio (1993, p.16), “ignorar a presença
de computadores e calculadoras na educação matemática é condenar os estudantes a uma subordinação total a subempregos”.
Apesar do uso da calculadora ter se tornado comum no nosso cotidiano, a instituição
escolar tem persistido, na melhor das hipóteses, em ignorar a sua existência, pois ainda chega a
proibir o seu uso.
Segundo Pucci: “o problema mais sério aqui é, creio eu, fingir que a calculadora ainda não foi
inventada. A escola (digo, o professor de matemática, principalmente) enxerga a calculadora
como um objeto impuro, pornográfico, a ponto de bani-la da sua sala de aula”.
Ubiratan D'Ambrósio enfatiza a importância da inserção da tecnologia na vida da criança.
Usualmente, no âmbito escolar, temos construído significados que associam a calculadora à inibição do raciocínio ou à preguiça. Porém, ao explorarem este artefato cultural, os estudantes desenvolvem habilidades vinculadas ao cálculo mental, à decomposição e à estimativa, rompendo com aqueles significados destacados anteriormente.
Além disto, com a exploração da calculadora estaremos auxiliando os alunos a lidarem com problemas de seu dia-a-dia (compra e venda de produtos, custo de uma produção, etc) e também preparando-os para o mercado de trabalho, o qual exige, cada vez mais, trabalhadores capazes de operar com as novas tecnologias. Como afirma D'Ambrósio (1993, p.16), “ignorar a presença
de computadores e calculadoras na educação matemática é condenar os estudantes a uma subordinação total a subempregos”.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Hipertexto
O Hipertexto é um texto no formato digital, que aparecem com palavras em cor azul que ao passar o mouse por cima nos remete a outros textos.
O Hipertexto no contexto educacional , para o aluno torna-o mais ativamente participante em relação ao processo de aquisição de conhecimentos , pelo fato de lhe ser facultado elaborar livremente , sob a sua própria responsabilidade, trajetos de seu interesse , acessando, sequenciando, derivando significados novos e acrescentando comentários pessoais às informações que lhe possam ser apresentadas.
Assinar:
Postagens (Atom)