O Uso da Calculadora na Sala de Aula
Apesar do uso da calculadora ter se tornado comum no nosso cotidiano, a instituição
escolar tem persistido, na melhor das hipóteses, em ignorar a sua existência, pois ainda chega a
proibir o seu uso.
Segundo Pucci: “o problema mais sério aqui é, creio eu, fingir que a calculadora ainda não foi
inventada. A escola (digo, o professor de matemática, principalmente) enxerga a calculadora
como um objeto impuro, pornográfico, a ponto de bani-la da sua sala de aula”.
Ubiratan D'Ambrósio enfatiza a importância da inserção da tecnologia na vida da criança.
Usualmente, no âmbito escolar, temos construído significados que associam a calculadora à inibição do raciocínio ou à preguiça. Porém, ao explorarem este artefato cultural, os estudantes desenvolvem habilidades vinculadas ao cálculo mental, à decomposição e à estimativa, rompendo com aqueles significados destacados anteriormente.
Além disto, com a exploração da calculadora estaremos auxiliando os alunos a lidarem com problemas de seu dia-a-dia (compra e venda de produtos, custo de uma produção, etc) e também preparando-os para o mercado de trabalho, o qual exige, cada vez mais, trabalhadores capazes de operar com as novas tecnologias. Como afirma D'Ambrósio (1993, p.16), “ignorar a presença
de computadores e calculadoras na educação matemática é condenar os estudantes a uma subordinação total a subempregos”.
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